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Idioma Morto

by Ludovic

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1.
Música e letra por Jair Naves.
2.
Era só uma questão de tempo Até uma alma piedosa dizer Com a satisfação de quem põe algo em risco Põe algo em risco sem o pertencer Você há de agradecer, você há de agradecer Ele te acerta sem ver, quase te esmaga, sem ver o estrago que faz E num estalar de dedos te reduz a algo frágil, pequeno Fingindo não ver o estrago que faz No calor do momento, eu nada entendo A chance me escapa entre os dedos Aquele foi um grande erro, só agora eu percebo Se eu pudesse, eu voltaria atrás E não faria pouco caso do gênio Que diagnosticou o meu tormento ao gargalhar Você há de agradecer. Você há de agradecer Ele te acerta sem ver, quase te esmaga, sem ver o estrago que faz E num estalar de dedos te reduz a algo frágil, pequeno Fingindo não ver o estrago que faz
3.
Quando eu disse: Não há de ser nada Além da crueldade divina enfim manifestada Na minha palavra contra a sua palavra Repertório infindável de dolorosas piadas Você então me interrompeu "Faça um favor a si mesmo Não me force a dizer nada O que eu sinto é só desprezo Então eu fiz o que devia ser feito Pena que me levou tanto tempo pra ver quem você é Quando eu disse: Não há de ser nada Além de uma pilha de fotos velhas e amareladas Dois arqui-inimigos pateticamente de mãos dadas Parece que foi ontem, e eu até tenho saudade Você então me interrompeu Faça um favor a si mesmo Não me force a dizer nada O que eu sinto é só desprezo Então eu fiz o que devia ser feito Pena que me levou tanto tempo Vindo de você, é um elogio Vindo de você, faz tanto sentido Vindo de você, eu me sinto salvo Salvo por você, sempre tão superior Eu não devia mais insistir Eu não devia mais insistir Eu não devia mais Eu não devia Você então me interrompeu Faça um favor a si mesmo Não me force a dizer nada O que eu sinto é só desprezo Então eu fiz o que devia ser feito Pena que me levou tanto tempo Então eu fiz o que devia ser feito Pena que me levou tanto tempo pra ver quem você é
4.
Desde que eu me entendo por gente Volta e meia eu tenho o mesmo sonho Quer dizer, são dois os meus sonhos recorrentes Mas um deles nem é tão ruim assim Nesse outro, que é o mais perturbador de todos Eu me vejo conversando com um pequeno grupo de pessoas quando De repente, eu sinto todos os meus dentes se soltando na minha boca Sem qualquer explicação razoável Todos eles tentando avançar na direção da minha garganta Sem outra opção, eu encerro a conversa imediatamente E saio andando com pressa pela rua Tentando fazer com quem ninguém perceba o que está acontecendo O que se revela um esforço completamente inútil Porque os dentes, surpreendentemente brancos, volumosos e arredondados Começam a escapar da minha boca Empurrados por uma violenta cachoeira de sangue E espalhafatosamente caem na palma da minha mão Desesperado, eu tento pedir socorro e o sonho acaba Exatamente aí Eu acordo sempre nessa parte
5.
Vinte meses em claro Quase dois anos sem dormir Prece rezada em longos atos Senhor, arraste-os pra onde eles não possam mais mentir O mundo exige um linchamento (Minha memória retorcida em um grande nó) Mas eu de nada me arrependo (Minha memória retorcida em um grande nó) Quem é o mais covarde? Eu não saberia dizer Porque eles só me atacam em bandos Só agrupados em centenas eles ousam aparecer O mundo exige um linchamento (Minha memória retorcida em um grande nó) Mas eu de nada me arrependo (Minha memória retorcida em um grande nó) Cabe a ti, esse é o seu papel Permaneça em pé Ouça somente a si mesmo (Ou ao que lhe convém ouvir) Com tanto gosto, ela ressurge Recitando velhos sermões Berrados a plenos pulmões Enfim o caçula cresceu, agora há um filho seu Que o mundo não aprova E que sua seita ignora Como um perna amputada que ainda coça, apesar de ausente Vista-se em lágrimas que jorrem sem cessar Ordena a voz que me persegue sem cansar Ah, eu conheço bem quem me assombra Tão dedicado a mim
6.
Unha e Carne 03:08
Ferve o sangue até então frio No meu peito indócil e dolorido Dizem que eu enlouqueci Que eu te dei tudo o que você quis Tão entregue e tão feliz E que você me mataria com um simples sopro seu Eu estava tão decidido Morto, mas presente em espírito Como um personagem bíblico Como a atração principal de um circo Encantado e convencido De que você me ressuscitaria com um simples sopro seu Não há mais quem nos separe Somos os dois uma só parte Juntos como unha e carne No meu coração frágil, que não sobreviveria nem sequer a um sopro seu
7.
Pelo pouco que eu conheço a vida Eu não posso me queixar Quem de todo e qualquer ataque se esquiva Não pode se queixar Porém, aqui eu confesso Janeiro continua sendo o pior dos meses Quando eu estiver desprevenido Volta e acaba comigo Lembra como você era boa nisso? Foi tudo um ledo engano, ela tem novos planos Irreconhecivelmente otimista Eu, preso no mesmo lugar Milhões de cortes pra estancar Regando flores mortas, beijando fotos Ninguém pode me culpar Quando eu estiver desprevenido Volta e acaba comigo Lembra como você era boa nisso? Foi tudo um ledo engano, ela tem novos planos Irreconhecivelmente otimista
8.
Tinha plena consciência do ato que cometia A maior covardia de que se tem notícia Qorpo-Santo, em sua reencarnação feminina Assina a maior covardia de que se tem notícia Se bem que a responsabilidade também é minha Pelo maior fiasco de que se tem notícia Por tanto tempo eu tentei ser o escudo humano que a protegia O maior fiasco de que se tem notícia Não é do meu feitio ser tão obsessivo O choro compulsivo não é do meu feitio O hino inimigo ressoa E ressoa, e ressoa Em praça pública, à luz do dia A maior covardia de que se tem notícia Qorpo-Santo, em sua reencarnação feminina Assina a maior covardia de que se tem notícia Ninguém sabe ao certo se eu fui algoz ou vítima O maior fiasco de que se tem notícia Qorpo-Santo, fêmea longínqua e minha Fêmea longínqua e minha Tente não dar ouvidos ao canto tão agressivo É um grito inofensivo É você que o mantém vivo O hino inimigo ressoa E ressoa, e ressoa Sob o efeito de um banquete de comprimidos Esse quarto finalmente testemunha uma noite de sono tranquilo Embora eu saiba que em todo lugar Porque se hoje foi assim, então sempre será O hino inimigo ressoa E ressoa, e ressoa
9.
Saiba que eu lembro bem de cada frase dita De cada passo em falso, de cada pequena encenação Sobrou alguém que você não condena? Alguém que você se arrepende de ter deixado pra trás? Eu quero fugir para onde ninguém me conheça retomar a minha vida do ponto onde ela parou Bondade sua, ouvir tão desatenta queixas do lado mais fraco, de quem não se recompôs Que estendam o tapete vermelho Que comece o desfile de mágoas Sem sequelas, sem qualquer problema Só as marcas de abandono que ardem em tudo em que você já encostou
10.
Desova 03:02
11.
Trégua 05:00
Curvado frente ao trono No que eu posso ajudar? Leia o meu nome escrito no crachá Parece amargo e infeliz? Qual punição cabe aqui? Meu feito heroico: eu me rendi Eu me rendi Eu me rendi Jovem viúva em prantos Nascida pro papel Esconde o riso largo sob o véu Parece amargo e infeliz? Qual punição cabe aqui? Meu feito heroico: eu me rendi Perante o júri, eu fiquei mudo Lisonjeado com o insulto Um orador limitado a um idioma morto O que vai ser de mim? Meu testemunho falso, meu crime em potencial Meu filho enforcado no cordão umbilical Parece amargo e infeliz? Qual punição cabe aqui? Meu feito heroico: eu me rendi Eu me rendi Eu me rendi Perante o júri, eu fiquei mudo Lisonjeado com o insulto Um orador limitado a um idioma morto O que vai ser de mim? Queira o melhor para mim Me mantém acordado Me bota para dormir

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released February 21, 2017

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Ludovic São Paulo, Brazil

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